segunda-feira, 30 de abril de 2012

2012: nem o mundo espiritual nos revela


Objetos que compõem o cenário de um terreiro Umbanda
Visão espírita sobre o futuro da humanidade


O ano de 2012 chegou, estamos aqui. Eu escrevo, o leitor me lê. Afinal, o mundo não ia acabar? Seriam acontecimentos subliminares, enigmáticos ou eles simplesmente não aconteceram? Qual é o medo de falar sobre isso? O extermínio dos humanos pode estar entre os fatores que impedem o diálogo sobre o assunto.
        


Muitas são as opiniões sobre esse assunto. Uma casa, chamada de terreiro, imagens simbolizando seusdeuses, pessoas vestidas de branco, pés descalços, simplicidade e humildade, também são símbolos de uma visão sobre o fim do mundo. Vou ser mais claro:guias, espíritos e erês (entidades do plano espiritual) encarnados em médiuns. Todo esse cenário faz parte da doutrina Umbanda. O Médium é seu personagem principal: é a pessoa que tem a capacidade de se comunicar com entidades desencarnadas ou espíritos seja pela incorporação, pela vidência, pela comunicação sonora ou pela psicografia.
         
O mundo, para os que creem na doutrina, é mais uma morada entre tantas outras distantes e espalhadas no universo. Para o babalorixá (termo popularmente conhecido como Pai de Santo, quem zela pela casa e pelos santos) Israel Borges, 51, a terra passará por uma transformação que pode afetar a vida humana. Mas ele alerta que quem está destruindo o planeta não é Deus, presente, segundo Israel, em todas as matérias vivas em forma de energia, e, sim, o próprio homem.
         
Acreditamos na evolução do mundo, dos seres humanos e seus espíritos. O planeta pode um dia deixar de existir, mas por uma ação do homem. E pode continuar existindo, caso passe por uma transformação para sua regeneração e afetará as vidas habitadas na Terra, contextualiza Israel.
         
A ialorixá (comumente conhecida como Mãe de Santo) Neuza Borges diz que é pequena a procura ou curiosidade para tratar de assuntos como as profecias dofim do mundo, pois as principais necessidades atendidas nos rituais são orientações na vida daquela pessoa, dadas por seus guias, e regressões, interpretações, questionamentos, conselhos.
Imagens que representam os Orixás
         
As pessoas não procuram por tantas informações a respeito do fim do mundo porque os espíritos incorporados nos médiuns sentem até onde a curiosidade da pessoa pode compreender os aspectos do cosmos. Mesmo compreendendo, eles são proibidos por entidades superiores que os comandam, como os Orixás, a falar sobre os mistérios do universo. Os guias não são adivinhas, eles não podem prever o longo futuro, explica Neuza.
         
A entidade Pai José, que viveu no século XVI e foi trazido da Malásia para ser escravo dos portugueses no Brasil, provoca com a seguinte reflexão:Se o mundo levou tanto tempo para ser feito, meu filho, tu acha que vai ser de uma hora para outra que ele vai se acabar? Deus, quando te deu a vida, disse para você o dia de seu desencarno?
        
Para a seguidora dos rituais da umbanda Mara Núbia, psicopedagoga de 55 anos, as transformações pelas quais o mundo irá passar vão modificar a capacidade de ser do humano.Os homens terão uma superação positiva nas suas atitudes. Acredito que, diante de uma catástrofe, todos se unirão para se salvar, para que prevaleça a vida. Isso evoluirá o espírito humano”, afirma.


O escritor britânico Douglas Adams, em uma de suas reflexões, afirma que “uma teoria diz que se um dia descobrir-se para que serve o universo e por que ele está aí, este desaparecerá imediatamente. E será substituído por uma coisa ainda mais bizarra e inexplicável”. O inglês reitera ao afirmar que existe outra teoria que diz que isso aconteceu.

Por Luis Gustavo Varela (@lg_varela) --- Facebook --- Flickr

sábado, 21 de abril de 2012

Curso Superior se torna uma realidade ao alcance de todos

A maioria dos jovens sonha em um dia cursar uma faculdade. O problema muitas vezes é que muitos estudantes não tem condições de arcar com os altos custos das mensalidades. Restando assim, somente as vagas nas Universidades Públicas. Mas, muitas vezes as vagas não são suficientes, e nem sempre se adequam ao interesse de estudo do aluno na região. No Brasil, esse sonho tornou-se ainda mais próximo da realidade, a partir de 2004 quando, a foi criado o PROUNI (Programa Universidade para Todos).
Esse programa foi criado para tentar reduzir, a longo prazo, a desiguldade social no país. O Programa oferece bolsas de cem por cento para quem estudou o ensino médio em escolas públicas e possui uma renda per capita na família de até três salários mínimos. Somando a renda de toda família o valor máximo deve ser R$5598,00 para bolsas de 50% e R$1866,00 para bolsas de 100%.
Para concorrer a uma vaga, além de preencher esses requisitos, os estudantes precisam fazer a prova do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). A nota neste exame é classificatória para as vagas em que o estudante concorrer. Após realizar o ENEM o aluno se inscreve no PROUNI e escolhe a vaga do curso em que deseja cursar. Um sistema chamado Sisprouni faz a seleção impressoal e automatizada dos candidatos que se encaixam nos pré-requisitos e tiram a melhor nota para contempá-los com as bolsas.
Em Joinville instituições como o IELUSC e a Univille (a maior da cidade) disponibilizam diversas vagas para estudantes que se inscrevem no PROUNI.
Alan Dias é um exemplo de que é possível cursar uma faculdade de forma gratuita sem ter se adequar a oferta dos cursos tecnoclógicos das universidades públicas da cidade. Na época em que cursava o ensino médio Alan lembra que professores informavam os alunos sobre a importância de fazer o ENEM para aí então concorrer a uma vaga pelo PROUNI. “Naquela época precisei parar de estudar pois o trabalho era prioridade naquele momento. Mas, três anos depois, voltei a estudar no EJA (Estudo de Jovens e Adultos). Prestes a concluir o ensino médio, fiz a prova do ENEM e tirei uma boa nota”.
Alan se encaixa nas bolsas de até cem porcento pois a renda per capita da família é de um salário mínimo. E ele se inscreveu nos dois cursos que tinha mais afinidade, Arquitetura e Comunicação Social. “Na hora de se inscrever no PROUNI você precisa escolher cinco cursos que você pretende fazer. Lembro desses dois. Pra falar verdade minha primeira opção era Arquitetura, mas, na inscrição acabei colocando Jornalismo e hoje estou feliz por viver essa experiência aqui no Ielusc”, revela Alan.
Essa oportunidade que Alan não desperdiçou também foi aproveitada por 379 alunos que foram contemplados com bolsas do PROUNI em Joinville no semestre passado. Foram 158 bolsas de custeio integral e 221 bolsas de 50%. Em Santa Catarina foram 1878 bolsas integrais e 1608 parciais totalizando 3486 bolsas.

A vida de João Deschamps também teve um importante capítulo ligado ao PROUNI. Em 2011 João cursava o terceiro ano do ensino médio e precisava decidir qual faculdade cursaria. Sua situação financeira o impedia de arriscar o ingresso em alguma faculdade privada. Mas, o sonho dele era maior. João trabalha na rádio Leste FM como repórter esportivo, há um ano, antes mesmo de entrar na faculdade. A opção por cursar Jornalismo então já estava tomada. O difícil seria conseguir cerca de setecentos reais por mês para pagar as mensalidades. Motivado pelos professores do colégio ele prestou o ENEM e alcançou um bom resultado. Paralelo a isso ele também prestou o vestibular do IELUSC e passou para Jornalismo, mas na hora da matrícula não conseguiu arrecadar o dinheiro necessário e perdeu a vaga. A decepção era total.
Mas, “Jota Deschamps” como é conhecido no rádio, ainda tinha uma esperança. Ele havia feito a inscrição no PROUNI para Jornalismo e tinha que aguardar para ver se sua nota seria suficiente para garantir seu ingresso no curso. (a seleção do PROUNI é feita somente após as matrículas dos alunos aprovados no vestibular da instituição).
“Lembro do dia que vi o resultado. Era domingo, eu tinha saído de casa e voltei somente a noite. Quando cheguei meus pais já estavam dormindo. Liguei o computador e fui ver se havia saído o resultado do PROUNI. Quando eu vi, não me acreditei, estava 'verde', eu havia conseguido a bolsa de 100% para cursar Jornalismo. Na hora não me aguentei, invadi o quarto de meus pais e contei que havia conseguido a vaga. Nós três não aguentamos, nos abraçamos e foi uma choradeira só” revela Jota.

Jota Deschamps no plantão esportivo da Leste na transmissão da final da copa norte entre Tupy e Estrela da Praia

Jota agora pode unir Vocação e Estudos cursando Jornalismo no Ielusc
Universidades públicas e gratuitas também são opção

Além da possibilidade de estudar em uma escola privada de maneira gratuita através do PROUNI existem as vagas das universidades públicas. Em Joinville existem três instituições de curso superior gratuitas. A UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina), a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e o IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina). As formas de ingresso nessas faculdades são através de vestibulares individuais, mas, a UFSC também disponibiliza vagas para quem presta o ENEM.
Crystiam Remes é aluno de Engenharia Elétrica na UDESC. Ele é de Apucarana/PR e veio para Joinville há quatro anos para estudar. Sua opção pelo curso não foi por ele ser gratuito. “Na época prestei vestibular para UDESC e UFPR (Universidade Federal do Paraná). Passei nas duas mas preferi a UDESC por conhecer a qualidade da instituição e o forte mercado da região” afirma.
O problema dos cursos disponibilizados pelas Faculdades públicas de Joinville são o foco de todas elas. As três instituições tem somente cursos voltados exclusivamente para área científica/tecnológica (com exceção do curso de Gestão Hospitalar do IFSC). Isso deixa desamparado quem prefere uma graduação nas áreas de humanas e não tem como custear um curso pago. Nesses casos a única opção é recorrer a bolsas.

Por Leandro Ferreira
leandro.reportagem@gmail.com

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Construção da unidade de saúde no Costa e Silva: Fim da novela?



Após muita cobrança por parte da comunidade, a Secretaria Municipal de Saúde finalmente autorizou a abertura do edital de licitação para a construção da Unidade Básica de Saúde Parque Douat.





 A área fica na antiga quadra de areia, na esquina das ruas Inambu e Jacob, no loteamento Catoni. Lançado dia 13 de abril de 2012, o edital prevê a obra orçada em R$ 651 mil.




 A escolha do local da obra no Costa e Silva foi através de consulta popular. A reunião aconteceu em 2010 e contou com poucos participantes, mesmo com uma comunidade -hiperlocal- de três mil habitantes.







Na época, uma enquete foi realizada junto à comunidade, onde a maioria mostrou-se satisfeita com a decisão, mesmo não tendo participado da escolha. A alegação é de que um posto de saúde é mais interessante para a comunidade do que a utilização dada ao terreno na ocasião. É que ao lado da quadra de areia havia um galpão, onde segundo moradores das adjacências, servia de abrigo para ações ilícitas, como consumo de drogas e prostituição.

O galpão foi demolido a pedido da comunidade, pois apresentava sinais de cair a qualquer momento. A secretaria regional realizou a demolição, trazendo alívio para quem mora nas cercanias ou precisa passar próximo à área.

Restos de construção estão espalhados no terreno de propriedade da Secretaria de Saúde de Joinville. Ao fundo, na rua Jacob, a "boate" Galo de Ouro, que será vizinha do posto de saúde.



                                           Vista da área a partir da Jacob.



Cabe agora à comunidade fiscalizar as obras, para que os prazos sejam respeitados e a qualidade esteja nos conformes, afinal, é o seu dinheiro que está sendo aplicado nessa obra.








Confira, fiscalize! Caso desconfie da qualidade da obra, denuncie no conselho local de saúde do seu bairro.

Localização das novas unidades de saúde

Unidade de Saúde Aventureiro – Rua Santa Luzia esquina com rua Lidia Rodrigues Teixeira

Unidade de Saúde Parque Douat – Rua Inambú esquina com rua Jacob

Unidade de Saúde Vila Nova – Rua Arthur Hille esquina com rua Alberto Vinci


Texto e fotos: James Klaus


segunda-feira, 9 de abril de 2012

O Parc De France, no Saguaçu

A área é uma jóia incrustada na região do Parque Zoobotânico, aberta ao público e pouco conhecida



                                              A lagoa é natural e habitada por aves exóticas



A flora é variada



Carambola, Anona, Goiaba, Tangerina, Pitanga, Açaí, Coqueiro, Jaboticaba, Ameixa, Araçá, tem de tudo

Tudo em harmonia

Marrecos e Patos nadam silenciosamente. Barulho, só da minha velha Sony.

Sob a goiabeira, uma balança...


... e trilhas.

Mãe natureza e filhos: Mãe e filha


No centro da lagoa, a ilhota é um refúgio


A água flui de um lago para outro; a sobra de um supre a necessidade do próximo.





Caminhar ao som dos pássaros...


... em cada canto, uma surpresa, um canto.


-Ah! Fotógrafo, você me encontrou...


... então faça uma foto bem bonita do meu perfil!


- Esta é minha namorada! Fotografe-a também, por favor!


Raízes


Me fixei nessa terra!


Os frutos da terra


Naturais e abundantes...




ou
Artificiais e escassos...


"Osterbaum" (Árvore de páscoa)


A lei dos homens...


... da sociedade...


... apenas letras e números.


-Ufa! Cansamos. Quem mora aqui?


-Vamos espiar e entender.



                                                               Garantia para o futuro.





                                                                          DE QUEM???






                                          A área é de preservação ambiental, mas as mansões do entorno dão margem à outra interpretação. Zé e José...!


                                          Seguranças e câmeras observam/ registram tudo e todos.


 De que forma o concreto, a presença maciça do homem e suas construções imponentes estão preservando essa área?





Fotos, texto e pensamento: James Klaus